quinta-feira, janeiro 11, 2018

FLAUTA

Era sem jeito, este meu jeito
            Deus meu,
jeito de não ser como queria;
com jeito de inadequação
            Deus meu,
estrebaria.

Era vida levada na flauta
            Deus meu,
sem quaisquer notas marcantes;
que até tuas falas me chegaram,
            Deus meu,
dissonantes.

Deus meu, tem misericórdia
de mim e desse meu jeito insano!
Sei que a vida passa rápido
e de longa, faz-se curta e breve.
E este meu ser ainda se atreve
à real experiência do Eu.
            Deus meu,
sem ter outra meta ou plano,
me frustro com o tempo já indo...
Queria a humildade do ser que exalta,
do Deus que dá sentido ao simplesmente,
faz nascer o sol e torna doce a flauta...

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
05/01/2018 (06h17min).

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