sábado, janeiro 21, 2017

VERSOS SERRANOS – XI

É madrugada e o galo canta
alheio aos que dormem.
Hoje canta um galo solitário
que solta os pulmões na serra
mas não tem eco o seu cantar.

As sombras da noite se vão
e os primeiros clarões da manhã
insistem em nascer tímidos,
com vontade de expulsar a noite
de seu trono de glória estelar.

O galo anuncia um novo dia:
esperança dos que dormem.
Quando se deita não há certezas:
o coração se cala diante do sono,
o cansaço da véspera faz sonhar.

A manhã nasce  em esplendor,
alcança a plenitude da luz.
Já não há mais galo cantando,
o homem segue sua trajetória:
sentir-se útil, conviver, trabalhar.

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
14/01/2017 (05h22min).

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