quarta-feira, janeiro 11, 2017

VERSOS PRAIANOS - VIII

Para tentar escrever um verso simples
o começo de algo que ainda não sei em que vai dar
conto sempre com as mesmas palavras
como pão, café, manhã, oração e sonho.

As palavras são barquinhos de papel que faço
e com eles brinco no lago do castelo feito na areia
até que a água, a areia, o vento e o sol
os desmanchem e transportem à dimensão do indizível.

Aí, quando perco a materialidade
do castelo que se desmoronou ao vento
meu castelo interior continua de pé.

É que a coluna que sustenta a vida
é tão imaterial quanto os sonhos de momento:
é a conjunção de forças e certezas que chamamos fé!

Josué Ebenézer Rio das Ostras,
07/01/2017 (07h46min).

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