Ainda não vejo palavras no
papel
nem sequer um sentido na
mente
tu permaneces longe do
real
e nem ofereces a visão de
flores
mesmo um arranjo de
palavras soltas
ou retalhos de mim sobre o
chão.
Clamo por ti, inspiração,
mas o solo da existência ainda
é virgem,
o papel rebrilha à luz
branca do neon,
as palavras escondidas em
algum lugar,
mas já sinto o cheiro da
poesia
e sinto a fome, e a
vontade, e o gozo
és tu que te moves em
outra dimensão
e não há medo, sequer
receio,
pois se abre o coração
como campinas verdes e
montanhas multiformes e
árvores misteriosas e
jardins suspensos
no êxtase poético que
adiante vem.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
25 de Julho de 2015 (10h30min).
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