O
vento sopra, dança
na
montanha, balança,
as
árvores cravadas no solo
e
um homem sonhador
cumpre
o ofício de agricultor
para
dar um rosto à vida,
à
família, ao seu torrão natal...
A
dimensão das montanhas
empareda
o horizonte
enjaula
o infinito bem próximo
e
a lavoura sobe os morros
e
a Natureza faz a sua parte
na
reposição natural do que a tragédia levou.
Há
uma música que sibila entre árvores
a
música do vento driblando as folhagens
anunciando
uma breve chuva de Verão.
Uma
família se reúne no casebre a beira-monte
toma
o café da tarde-noite com broa de milho
e
a vida segue o trilho
da
adoração.
O
cântico que ecoa do casebre
denuncia
pelos ares uma febre
do
desejo de louvar e ser feliz.
E
quem passasse no caminho de chão batido
receberia
a canção em seu ouvido
poderia
até parar para ouvir mais.
Mas,
o certo é que o trecho do caminho
mesmo
com dores, alguma luta, até espinho
prosseguiria
inundado por uma paz.
Não
importa se é palácio ou se é choupana
se
Cristo habita o coração dos moradores
naquele
canto sopra a voz do Espírito Santo.
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
23 de Março de 2015
(05h40min).
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