segunda-feira, maio 18, 2015

A VIDA QUE ME RESTA

A Nathália Campos

Que vida tenho pela frente?
Poderei medi-la em canções,
hinos de fé do coração crente,
carregados de emoções?

Saberei vivê-la em verdade
por um coração que faz a prece
ao Deus que por sua bondade
ouve o clamor do que padece?

Deverei medir a vida pelos anos
que já vivi e os outros que anseio
ou isso está escrito nos arcanos:
viver muito é apenas devaneio?

O que é a vida? Um fugaz vapor
que se vai tão logo some a quentura
de uma vida que ao perder o amor
percebe esvair toda a ternura?

Será a vida um périplo louco
que após o início não se sabe o fim?
Mesmo se muito, viver será pouco,
pois o valor da vida não se mede assim.

Será a vida aqui o paradoxo tal
que Jesus propôs em meio ao sofrer?
Quem quiser vencer, superar o mal
para então viver, terá que enfim morrer.

A vida vale a pena; a vida é sempre bela
quando Jesus é Senhor do coração da gente.
Quem tem Cristo vê a vida da janela
da esperança que habita o coração crente.

Que vida útil então, me resta agora
quando sinto claro alvor da juventude?
O amanhã pertence a Deus e sem demora
será preciso viver com fé cada virtude.

Josué Ebenézer Nova Friburgo,

11 de Abril de 2015 (06h16min).

Nenhum comentário: