Eu
fabrico sonhos:
a
quem não tem apresento alguns
a
quem alguns tem, multiplico.
Visto-me
de palhaço
e
as cores da minha fantasia
produzem
encantamento.
Na
aridez do deserto faço surgir um oásis
no
terreno ressequido, brotar uma flor
na
mente infértil, o amor.
Trago
nas mãos apetrechos
faço
mágicas da ilusão
que
produzem esquecimento.
Na
tez sombria faço surgir um sorriso
no
coração duro, uma nesga de esperança
sequestro
por segundos o pensamento cruel
faço
com tinta e papel
um
sonho para aquele coração
que
voa alto qual pipa no céu
de
sua própria imaginação.
Ao
fim de tudo,
guardo
na cartola a pombinha da paz
devolvo
à caixa mágica
os
adereços do entretenimento
entro
no camarim e desfaço-me
das
roupas e da maquiagem
e
diante do espelho novamente sou eu:
igual
a você, que parou pra me assistir
precisando
de sonhos
precisando
de amor...
Mas,
continuarei cumprindo minha missão:
da
fresta da tenda de lona da vida
te
vejo ir embora com um caminhar mais leve,
com
um sorriso gracioso no rosto...
Josué Ebenézer – Nova
Friburgo,
23 de Janeiro de
2015 (04h46min).
Nenhum comentário:
Postar um comentário