segunda-feira, dezembro 08, 2014

ECLESIA

Está árido este mundo, Eclesia.
As portas não se abrem tanto.
Do povo se escuta o pranto.
As luzes se apagam nas casas.
As vidas se apresentam fracassadas.
Está árido este mundo.
E me sinto só, sem futuro a me sorrir.
Vejo o deserto aumentar, cada vez mais, à minha frente.
Sinto falta d’água, e a boca ressequida.
E a noite é densa, sem vislumbre do raiar do dia.
Como está árido este mundo!
Por onde andas? Por onde andas, Eclesia?
Quero te ver em meio ao deserto.
Quero te achar cumprindo tua missão.
Quero te conhecer renovada de esperanças.
Quero que estejas perto de mim, Eclesia.
E quero que estejas perto dos que já
não têm mais esperança...
Quando a terra de novo der o seu fruto.
Quando o árido chão deste país
reverdecer de novo o amor de Deus.
Quero te ver, Eclesia, como agente de transformação.
E quando as portas se abrirem novamente,
tu serás recepcionista.
E quando os rostos voltarem a sorrir,
tu serás o lenço que enxuga o pranto.
E quando as casas renascerem para a vida,
tu serás o primeiro sol a iluminar os corações.
Sobre o deserto.

Josué Ebenézer Nova Friburgo,
19 de Outubro de 2014 (10h05min).


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