terça-feira, abril 15, 2014

SO(L)UA

Depois do sol e da lua
            e o desencontro no horizonte
            e a solidão do espaço.

Depois do dia e da noite
            e a claridade ofuscante
            e a noite qual ébano tapete.

Entraram no sono e no sonho
            e o descanso presente
            e a viagem no sonho.

E o mergulho na esperança
            o submergir da agonia
            o emergir da paz.

Com os sentidos alertas
            e o êxtase envolvente
            e a chama que arde.

Se revoluciona o imo
            e quase é sol radiante
            e quase é lua vivaz.

E o intercâmbio de cheiros
            no suave perfume da rosa
            na concepção lúdica do amor.

São criaturas do dia e da noite
            a transitarem leves na horas
            e cumprirem a vida como passatempo.

São feitos um para o outro
            e quando um se apaga o outro acende
            e quando um se deita o outro levanta.

E nos encontros e desencontros
            do ver longe e não chegar
            do sorrir ao outro, iluminar.

O Criador entendeu esta chama
            e sol e lua platonicamente
            se encontraram no eclipse.

E no Calendário do Universo
            o mundo do amor pausa para assistir,
            no eclipse, o milagre do So(l)ua...

Josué Ebenézer – Nova Friburgo,

12 de Abril de 2014 (16h56min).

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