quarta-feira, abril 02, 2014

PERDA

Quanto dói
a partida de alguém,
a dor da despedida,
a flecha da separação,
a seta da morte que
atinge o alvo sem dó nem pena
sem atrasos ou adiamentos
na hora indigesta
no momento rude
em que os corações feridos,
lacrimejantes,
vertem abundantes pesares...

Quanto maiores os amores
mais amplos os temores
e a gente manifesta o pesar
deixando que a emoção suplante
e até desbanque do imo
qualquer sombra de razão.

Nesta hora,
em que aquele que foi descansa
e os que ficam pendem na balança
do alívio e do sofrer
é o Espírito que se avizinha
e em nosso coração se aninha
para a paz a alma ofertar.

E cada um de nós com mãos estendidas
recebe com gratidão
o conforto dessas despedidas
que começam em nossa urbanidade
e acenam um reencontro
para além, muito além, na eternidade.

Josué Ebenézer – Nova Friburgo,

25 de Março de 2014 (14h05min).

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