segunda-feira, outubro 01, 2007

SEXTINA DO ABANDONO

Se em tua vida a sorte é como o raio
que acontece de dia, some de noite
e amanheces triste sem esperança
pois sem sentido a vida não satisfaz.
Abre com graça e jeito este teu peito
e deixe o espírito soprar o coração.

Mas se a tristeza aperta o coração
ela é somente sopro que em teu peito
funde-se a vida e já te satisfaz
pois de futuro o hoje faz-se esperança.
Deixa sorrir o sol, tal como um raio
a invadir de luz o gargalhar da noite.

A vida é mais que luz, também é noite.
É sensação buliçosa de fúrio raio
e a dor do sono que está no peito
está na mente e sacode o coração.
Mas antes desta grita que satisfaz
a alma anseia aflita por esperança.

Embora a fé sossobre e a esperança
(re)partida em cada rosto e coração
mexendo lá por dentro e como raio
rasgando bem no fundo do seu peito,
remanso só se encontra após a noite
em que o descanso a alma satisfaz.

Por isso, bem silente, se satisfaz
a alma que balança em esperança,
pois mesmo que se afaste a noite
e desapareça rápido como um raio
a emoção pulsa forte o coração
que se esboroa de encontro ao peito.

E alma tão aflita em forte peito
encontra par sublime que satisfaz
anseios fortes do bom coração
que vaga a procura em plena noite.
Até que se encontra co’a esperança
que se aproxima lépida, qual raio.

De noite, no abandono, foge do peito
qual raio que se aproxima e satisfaz
toda esperança surge ao coração.

Nova Friburgo, 26/06/2000 (21h51m)

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